sábado, 7 de setembro de 2013



Setembro

Agora isso não tem mais nenhuma importância,
A primavera começa em setembro
E meu coração está em chamas,
A minha dor precisa de espaço
Não tenho nada em comum com as outras pessoas.

Nada mais me pertence
Só essa dor dilacerante cravada em meu coração
Não faço mais nada, só queria dormir um mês.
Acordar e respirar fundo, lá no fundo do funil.
Onde ninguém nunca foi.

Ninguém precisa saber
Mas as imagens que vejo se tornam mais presentes
Eu nem posso gritar, não adianta.
É uma imagem única com varias faces
Que dobra e desdobra essa inquietação.

Rasgo minha intimidade
Transponho o intransponível, e digo o que nunca foi dito.
Revelo frente e verso dessa dor que nunca passa
Só queria voar para bem longe
Longe de meus medos e receios.



Maria Flor da Terra.

29.08.2013.