quarta-feira, 31 de março de 2010

DITADURA NUNCA MAIS

Eu só tinha 10 anos em 1964, e vivia na linha de fogo, Marabá.
Ainda não entendia bem porque nossa rotina mudaria tão de repente, como também não entendo até hoje porque os homens se agridem, se desconhecem e se matam! se somos todos iguais! Que herança ficou de tudo isso? Dor, sofrimento, tortura e morte de muitos companheiros que só queriam ser cidadãos livres.Ficaram também saudades dos que não voltaram, um imenso vazio e tantas dúvidas até hoje não esclarecidas. mas também o orgulho dos heróis companheiros que lutaram e morreram por liberdade, igualdade e justiça por um nobre ideal.

terça-feira, 30 de março de 2010

SONHOS E PRESSÁGIOS




Sonhos e Presságios


A minha dor,
Não dormiu a noite passada.
Cravou suas esporas subjetivas
Nas minhas entranhas secretas
Conferindo, mexendo e remexendo
O que eu nunca disse.

Olhei e vi além do aparente
Silêncio, tensões e conflito.
Sonhos que são presságios
Da gota que transborda o copo
Do que eu já temia
E não pude evitar.

A brecha da discórdia
Complexo desfolhado
Feia tatuagem na alma
Crua realidade
Em dolorosos verbos.
Em ti, nada mais me comove.


Maria Flor da Terra – 28.03.2010




segunda-feira, 29 de março de 2010

ATIRE A PRIMEIRA FLOR. (não conheço o autor)

Quando tudo for pedra... atire a primeira flor.
Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo.
Se tudo parecer escuro, se nada ser visto, acenda a primeira luz.
Traga para a treva você a primeira e pequena lâmpada.

Tenham todos uma abençoada semana santa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Meu primeiro blog ( afinal, o primeiro blog a gente nunca esquece)

Hoje dia 26/03/2010, depois de muito resistir, resolvi me aventurar neste fantástico mundo dos blogs. A finalidade deste blog é puramente artística, aqui voces verão poesias de minha autoria, bem como de outros autores.
Entrem e fiquem a vontade!

REFLEXÃO


De repente eu estava lá
Nua, de corpo e alma.
Tão transparente!
E me via inteira
Vi o meu interior
Viajei pelo meu avesso.

Mergulhei dentro de mim
Não me agradou o que vi
Sozinha, triste e perdida.
Vasculhei tudo
Eu não estava lá.

Sem saber para onde ir
Procurei o amor
Também lá não estava!
Não encontrei os amigos
Eu continuava só.
Procurei a paz
E encontrei a saudade de mim.

Vasculhei meu interior
Explorei minhas entranhas
Vi que aquilo não era eu
Era um vazio profundo
Que agora é só espanto.

Num gesto de fúria limpei tudo
Purifiquei com esmero
Rompi com o tempo, a boca antes amarga.
Agora tinha sabor de hortelã
Arranquei as raízes daninhas
Embriaguei-me de liberdade.

Voltei, e tudo agora é diferente.
Meu grito rompeu o horizonte
Ao som dos sinos cantei uma canção
Amanhã verei a face que ainda não sei
O passado será só um sonho
A liberdade é o meu presente.




Maria Flor da Terra