quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Flor do Tempo



Nada me peça.
Queres amor?
Já não sei amar.
Não peça carinho,
Há muito o perdi.
Queres um beijo?
Meus lábios estão inibidos.
Não tenho afeto,
Ando infeliz.
Se queres um poema,
O meu é sem rima.
Não peça virtude,
Sou vagabundo.
Não me peça calmaria,
Sou tempestade.
Não sou o momento,
Estou além de meu tempo.
Nenhum sorriso,
Não tente entender.
Não espere nada,
O nada é meu.



Maria Flor da Terra