domingo, 26 de junho de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011


O Vazio da Noite



No vazio da noite
Minha vida vadia se irradia
Com o brilho de um céu melancólico
Sem lua, sem estrelas e sem mistérios.
E uma tristeza gritando no peito

Em uma preguiçosa rede na varanda
Desperto com o sol aquecendo meu corpo
Banhando de energia meu coração de poeta
Chamando-me á realidade.
Não me reconheço.

Hoje queria dar uma rasteira no tempo
E mudar tudo, o rumo e o prumo.
Ignorar o resto anônimo de mim
Me esconder num canto
E esperar que passe a tempestade
E a enchente de meus olhos.



Maria Flor da Terra

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Flor do Tempo



Nada me peça.
Queres amor?
Já não sei amar.
Não peça carinho,
Há muito o perdi.
Queres um beijo?
Meus lábios estão inibidos.
Não tenho afeto,
Ando infeliz.
Se queres um poema,
O meu é sem rima.
Não peça virtude,
Sou vagabundo.
Não me peça calmaria,
Sou tempestade.
Não sou o momento,
Estou além de meu tempo.
Nenhum sorriso,
Não tente entender.
Não espere nada,
O nada é meu.



Maria Flor da Terra