domingo, 20 de junho de 2010


Amiga Lua

Ao por do sol, hora da Ave-Maria.
O sol se esconde acanhado.
Deixando espaço para as estrelas
Que entre nuvens bailam a valsa da noite,
Á espera da lua que não tarda.

E eis que ela surge majestosa e exuberante
Engravidada de sutis mistérios
Meu coração transborda paz ante a tanta beleza,
Sinto-me flutuar nos seus azuis
Fecho os olhos e vejo sua face nua.

Sob seu vigilante olhar, meditei.
Rezei uma prece em agradecimento a Deus
Por lhe fazer tão bela, e perguntei:
Que poder exerce você sobre mim?
Não me sinto só em noites de Lua-Cheia!

Quero-te Diamante lapidado todas as noites
Iluminando esse deserto de almas vivas
Despojada mostra tua face
Se despindo inteira e displicente
Juntas varamos madrugadas

Atuas em mim de forma doce e gentil
Seu majestoso brilho me conduz inteira
Encharcada de seu brilho intenso e mágico
Purificada das mazelas humanas já petrificadas
Abasteço-me de sua essência e humildade.

Amiga fiel desde a infância feliz
Conhece-me tanto que interferes muito
Em meu comportamento displicente
Mostrando que sou mesmo diferente
Tanto, que sempre estou só ao amanhecer!


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Maria flor da terra. Direitos reservados a autora.

3 comentários:

  1. Maria, essa viagem ao seu interior é uma das mais belas das suas obras que já li.
    A imensidão emocional da sua "lua" é comovente e bela.
    Parabéns, querida!

    Bjs

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  2. seus poemas são em paralelos com a natureza... ambos exuberantes e divinos...é um imenso gozo estético que dessa lua emana...alimenta a alma... e energiza os amantes do belo como eu....

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  3. Maria minha maninha Esta poesia falou muito comigo. Parabéns pelo blog lindo! .... Mais uma bela poesia, são tantas... adoro deliciar-me com as tuas escritas de bom gosto
    Olha se isto , que te vou aqui deixar , te fizer sorrir, também eu fico feliz
    Te amo, bjs no seu coração.

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