quarta-feira, 2 de junho de 2010


Chuva


Gotas brilhantes de chuva incessante
A tilintar no solo antes fértil
De um chão hoje sem cio.
Já sem cheiro de terra molhada.
E sem flores na janela!

Enquanto cai a chuva lá fora
Aqui dentro grita um silencio solitário
Em papel em branco e lápis
Viaja meus pensamentos
Agora já não estou só
Não tenho medo, só receio.

Lava minha alma com tuas lagrimas
Purifica o coração da humanidade
Sacia a sede do sertão
Chuva que molha corações secos
Que faz transbordar os Rios.
-Eu queria ser chuva!

Caindo suave traz-me paz
Adormeço embalada ao som
Das gotas se fazendo poema
Que a brisa transforma em canção
Secando o rio de meus olhos
E acalentando meu coração de poeta.

Em qualquer dia de chuva
Eu abro a janela e pulo fora dessa louca vida
E acabo com esse chorar em vão
Já me desfiz das ilusões
O que importa!
Se meu hoje e amanhã são iguais?



Maria flor da Terra.


2 comentários:

  1. La lluvia punto convergente de esta poesia, con significación de vida, de abundancia y generosidad para investigar la anturaleza en sus manifestaciones más expontáneas que la poeta con gran destreza lo traslada a una poesía muy bien lograda. Felicitaciones
    Víctor manuel Guzmán

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  2. exageradamente lindo esse poema.... como todos os outros...me deleito em ver como você faz associações brilhantes de um fenômeno natural com situações externas como sertões e internas como seus sentimentos... adoro esse misto de descrição com tons dissertativos poeticos de seus poemas...

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