quarta-feira, 14 de abril de 2010


O COPO



No copo que me embriaguei tinha VINICIUS
Na lua da madrugada surgia ELIS
Na estrela da manhã brilhava DALVA
E em mim havia SAUDADE.

No mesmo copo, tinha dolentes violões.
E dedos hábeis em harmonia
Boêmios e cantos saudosos
Entre devaneios nos azuis da LUA
Entre risos e mais um copo.

No copo que me embriaguei
Juntou-se canção e solidão
Sonhos e boas lembranças
Na solidão da noite, tomei outro copo.
E cumprida á missão

Embriaguei-me de tempos idos
Vividos, sofridos, sentidos.
De sereno, alegria, nostalgia..
De música e POESIA...

Embriaguei-me de banho de chuva
De manga caída na praça
Lua cheia e céu estrelado
Brincadeiras da infância
De um tempo distante.

Embriaguei-me de tantas ausências
Erros, acertos e espera do que não veio.
De desespero e paciência
E busca em vão.

No copo que me embriaguei, tinha:
Loucura, aflição e segredos.
Alma invadida e pensamento ao vento
Havia na face uma lágrima
E uma dor só minha.


Maria flor da terra. (direitos reservados á autora)

Um comentário:

  1. Maria, flor que a terra abençoou e nos enviou para enfeitar as nossas vidas com poesia e luz.

    Tr lrio, te admiro e cada vez mais te amo!

    Bjs amiga

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